Filmes em revista sumária #507
Há coisa de 30 anos, Arnold Schwarzenegger caía nu, não no meio da sala do saudoso Condes, dos Restauradores, mas no meio de uma ruela de Los Angeles, entre raios e coriscos e caixotes do lixo, perante a estupefacção de um sem-abrigo, que havia de ficar marcado para o resto da vida, presumo, tal como James Cameron ficou, que teve aqui o seu primeiro mega-sucesso e ponto de não-retorno na sua carreira.
Arnie chegava directamente, não de Conan ou de um concurso para Mr. Universo, mas do futuro. E chegava ao presente com a missão de exterminar Sarah Connor (a personagem maior da carreira de Linda Hamilton), que, ainda sem saber, seria a mãe do futuro líder da rebelião dos humanos no mundo pós-apocalíptico de 2029, governado por máquinas tiranas.
O filme de ficção científica chamava-se «Exterminador Implacável», o cyborg assassino tinha duas ou três deixas, e outras tantas cenas, de antologia e o resto já toda a gente sabe. O problema é que nestas coisas de sucessos de bilheteira, há logo a tentação para uma sequela, e mais uma e, jogando na sorte e na proverbial falha de memória do público mais jovem, uma 3ª, uma 4ª e por aí fora.
E se para o sucesso da primeira sequela, «O Julgamento Final» (1991), muito contribuíram os tremendos efeitos especiais do filme, sobretudo a nível do “mau da fita” - o andróide T-1000, feito de uma liga metálica capaz de ir do estado líquido ao sólido, e vice-versa, metamorfoseando-se em várias personagens - e, claro, o facto do cyborg de Schwarzenegger ser bonzinho, já este novel «Exterminador do Futuro: Génesis» é pouco mais que medíocre enquanto filme de ficção científica (até porque sem efeitos especiais de realce), resumindo-se a uma paródia de digestão imediata.
Valem-lhe as múltiplas e variadas aparições de Arnie e as auto-citações, também, que vai dizendo ao longo do filme. É muito pouco mas era de prever.
Ah, vêm aí mais 2 sequelas, ah pois é!
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial