segunda-feira, abril 03, 2006

«Ninguém sabe», mas devia saber

Esta história comovente e profundamente dramática, que relata o abandono a que são votados 4 meninos por mãe desnaturada, podia ser ainda mais trágica e feroz do que foi, se fosse lusitana, como se comprova lendo os diários cá do burgo.

Como não é, fica o registo 100% oriental da luta titânica que um rapaz de 14 anos leva em prol da defesa e dignidade dos seus irmãos mais novos, não hesitando em abdicar da sua própria meninice, mas sempre espartilhado pelos limites da vergonha e da honradez, conceitos cada vez mais utópicos nos tempos que correm.

O filme é extremamente belo, e o silêncio diz tudo ou quase tudo, como contraponto ao lufa-lufa do quotidiano nipónico, totalmente impermeável e avesso a sentimentalismos líricos, por mais humanos que sejam.

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