segunda-feira, outubro 28, 2013

Filmes em revista sumária #422


Previsibilidade e muita ponta solta, com falhas de argumento à mistura (será que nem todas as cenas filmas estão presentes na montagem final?), muitos pormenores que não são de somenos (veja-se, por exemplo, a péssima caracterização de Melissa Leo, que a torna imediatamente suspeita aos olhos do mais incauto dos espectadores), indescritíveis más prestações dos actores (a começar, compreensivelmente, por Hugh Jackman, que se dá mal com papéis sérios e a quem alguém deve ter dito para gritar, ameaçar e esmurrar como se fosse Wolverine, que seria meio caminho para o Óscar…), excluindo-se desse lote Jake Gyllenhaal e Paul Dano, de facto dois actores extraordinários (que seria do filme sem eles?) mas incluindo-se outras tantas incompreensíveis sub-prestações de Terrence Howard e Maria Bello), salvos, todos, aqui e acolá, por enquadramentos de bom gosto, soluções narrativas inventivas e aqueles imensos globos oculares de Gyllenhaal. Eis no que se resume «Prisoners» (e não «Raptadas» como o título português engana, pois são vários os prisioneiros do filme, de facto e sobre vários prismas), do esforçado e canadiano Denis Villeneuve (algum parentesco com pai e filho pilotos?).

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