Filmes em revista sumária #528
E se os cenários imaculados, verdadeiros e falsos, tanto faz, de «A Rapariga Dinamarquesa», bem como o seu cuidado guarda-roupa, são de encher o olho, a fotografia de Danny Choen e a música de Alexandre Desplat (ambos repetentes do anterior filme de Hooper, «O Discurso do Rei») são o complemento perfeito para este filme certo para uma tarde chuvosa de fim de semana sem programa alternativo.
O que sabe verdadeiramente a pouco (muito) é a escassa atenção dada à incrível história de vida real do casal de pintores Einar e Gerda Wegener, onde o filme foi beber, optando-se antes por tratar ao de leve a libertação de Einar em Lili Elbe, como se ao primeiro tivesse bastado um passar dos dedos pelo tule de tutu de bailarina para querer ser de facto a segunda. Ficaram também pela rama as técnicas pioneiras de operação de mudança de sexo, tal como as próprias telas de ambos os pintores, usadas estas apenas como berloques decorativos pelo realizador, o que é estranho dado o seu confesso entusiasmo pela história.
Alicia Vikander é uma Gerda claramente em perda para Eddie Redmayne, seja porque não conseguiu fazer melhor (olhos expressivos não implicam uma boa actriz) seja porque a maquilharam mal ao longo do filme, todavia, ela é o retrato do próprio filme: pastoso, repetitivo e sem chama, mas bonito.
Quanto ao Óscar, ele devia ir mas era para Teddy, o Jack Russell de serviço ao casal de artistas, pelo imenso que lhes terá aturado.
2 Comentários:
Interiores fabulosos....de resto, pouco. E quanto à rapariga cá de göteburgo, desta vez nao convenceu nada.
Abr. e bfds
Yeap, não a achei nada de mais mas já ganhou prémios, coisas ;-) Abraço e bom fds tb
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