sexta-feira, março 29, 2013
quinta-feira, março 28, 2013
quarta-feira, março 27, 2013
terça-feira, março 26, 2013
Filmes em revista sumária #394
«Lá em cima está o tiro-liro-liro, cá em baixo está o tiro-liro-ló…», i.e., lá em cima, no patamar do topo do teleférico está todo um mundo de dinheiro e tentação, de turismo e de branco, de sonhos e quimeras; cá em baixo, na outra extremidade, a dura realidade de uma torre de apartamentos isolada entre cumes gelados, mas também os afectos, as desventuras, a depressão. E é lá em cima que está a fonte de rendimento de cá de baixo. Filme tão fatalista quanto comovente, «Irmã» (no original: «L`Enfant d`en Haut»), de Ursula Meier, vive de belos e inspiradíssimos planos e de uma melancolia transbordante da paisagem e da obstinação da personagem central interpretada pelo pequeno Kacey Mottet Klein. O desencontro-reencontro no vai e vem do plano final é fabuloso.
sexta-feira, março 22, 2013
Filmes em revista sumária #393
«A Caça», de Thomas Vinterberg, trata da ‘espiral recessiva’ de alguém que, de um momento para o outro e à custa de uma falsa acusação (ou será insinuação?), vê a sua vida ruir como um castelo de cartas. Fala dos olhares de lado e dos amigos da onça, da intolerância, dos injustiçados e da latência da violência; fala do desespero e do direito à indignação e à revolta; e da imprevisível perversidade dos mais inocentes. Há um ambiente de frenesi constante, fruto de uma gestão prodigiosa da imagem e do som e há interpretações soberbas e momentos inolvidáveis (a cena na Missa do Galo, o olhar da pequena Klara, o fazer as pazes de amigo a amigo, a cena final, etc.). Tem e fala disso tudo e é um filme magnífico. Quanto ao manifesto Dogma 95, já era, aliás, nunca passou de uma mui bem-sucedida manobra publicitária. Ah, é verdade, só podia ser um filme nórdico…
quinta-feira, março 21, 2013
Harry Lime está neste final de tarde na Cinemateca:
Like the fella says, in Italy for 30 years under the Borgias they had warfare, terror, murder, and bloodshed, but they produced Michelangelo, Leonardo da Vinci, and the Renaissance. In Switzerland they had brotherly love - they had 500 years of democracy and peace, and what did that produce?
The cuckoo clock. («The Third Man»)
quarta-feira, março 20, 2013
terça-feira, março 19, 2013
Let's go home, Debbie.
Dito, visto e escutado ontem em «The Searchers», talvez o melhor de todos os westerns.
Em vésperas do Dia do Pai.
sábado, março 16, 2013
sexta-feira, março 15, 2013
quinta-feira, março 14, 2013
quarta-feira, março 13, 2013
Filmes em revista sumária #392
Sem os nomes de Guillermo del Toro (produtor) e Jessica Chain (actriz principal), talvez que «Mama» passasse por aí sem qualquer menção, muito menos honrosa. Ficam apenas registados, com efeito, a parte do filme em que a ‘mamã’ está presente de forma fantasmática, mormente, apenas visível como que por lentes distorcidas pela miopia (aliás, o momento em que o monstro se mostra e prossegue com ‘actor principal’ continua a ser o principal motivo da perda de impacto de um filme de terror…) e algumas cenas bem conseguidas neste filme de clara incursão pelo universo terrífico de índole japonesa. Mas, lá está: o monstro tinha que passar a actor principal e a partir do momento em que a ‘veia’ do produtor, com os seus excessos ‘vaporosos’ e música pirosa, deita tudo a perder, quedando-se o filme por uma meia mediocridade e a não justificar menção honrosa.
Afinal, cadê os 'meus' western spaghetti?
Já me estava a ver refastelado no São Jorge (leia-se, a sala 'Manoel de Oliveira') a deliciar-me com os rostos patibulares, o sangue 'de' ketchup e os socos a soarem a sacos a rebentar, dos idos de 60 e 70, e com Nero, Gemma, Volontè, Van Cleef, Hilton, Terence Hill, etc., etc. e nem um Ringo, nem um Sartana, etc.? Bah!
terça-feira, março 12, 2013
segunda-feira, março 11, 2013
Filmes em revista sumária #391
Excelente regresso de Soderbergh ao thriller, este «Efeitos Secundários», sobretudo depois da fase menos boa da sua produção recente …, pessoalmente, acho que já não havia nada tão bom desde «Traffic». Neste filme tão de … actores (e como Rooney Mara vai já de vento e popa…), e deste modo quase uma revisitação de «Sex, Lies & Videotape», todos os seus atributos de grande entre os maiores do cinema norte-americano, continuam de boa saúde e recomendam-se (mesmo que o autor avise que poderá entrar em sabática prolongada): um argumento simples (e sem buracos’), uma narrativa escorreita (sem artifícios nem pompas), usa de diálogos actuais (sem descambarem…), de câmara sob o signo da fotogenia (parece que a câmara funciona por detrás de véu de tule) e de uma montagem virtuosa (nem Nolan faria melhor). Em poucas palavras, mantém vivo o interesse do espectador do princípio ao fim, e isso é, numa palavra: Cinema.
sexta-feira, março 08, 2013
Filmes em revista sumária #390
Dos meandros da corrupção camarária, das trapalhadas à volta da especulação imobiliária (onde é que eu já vi isto?), aqui com o ‘picante’ de haver jogo de infidelidades e assassinatos à mistura, é disso que trata este «Cidade Dividida»; diria que dividida entre os honestos e os desonestos e aqueles que fazem de conta que são uma coisa e são outra. Um bom entretenimento em tarde chuvosa, com Russell Crowe em underacting e a ganhar todas as cenas em que entra, Whalberg um bocadinho melhor do que é habitual. Cumpre.