Tim Burton está de regresso com «Miss Peregrine's Home for Peculiar Children», uma adaptação para 3-D (para quê?) de um
best seller homónimo para adolescentes, do até agora desconhecido Ramson Riggs. O filme tem altos, altíssimos (a longa sequência inicial do rapto do avô, a cena em que os “sem alma” se refastelam de olhos humanos, a cena de
Emma levitando para colocar o esquilo na árvore, por ex.), e baixos, medianos (as auto-citações constantes que vão da topiaria a «Dark Shadows», terminando na louca batalha à «Mars Attacks» no pontão de Blackpool – esta era apenas conhecida até agora pelas suas iluminações de Natal -, e os ziguezagues por Peter Pan, Pinóquio e um sem-número de imagens vivas em todos nós), e ainda não foi desta que o génio do realizador voltou a sair da garrafa onde parece gostar de estar desde «Sweeney Todd», pelo menos. Grandes personagens e
performances as de Eva Green (mesmo enquanto falcão peregrino), Terence Stamp, Samuel Jackson e Rupert Everett, este último compondo um fabuloso ornitólogo. A história? Pouco interessa no meio do vórtice de frenesim, rítmico, colorido e de emoções e levitações, permanente.