segunda-feira, fevereiro 28, 2011

The winner takes it all


Satisfeito pelos brits e pela Portman, triste por Rooster Cogburn.

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Espreitando de prateleira em saldo (3)


Well, who but a Nazi would deny that Karl Marx was a German... because he was a Jew? The Stranger»)

Espreitando de prateleira em saldo (2)


There can be no understanding between the hand and the brain unless the heart acts as mediator.Metropolis»)

Espreitando de prateleira em saldo (1)


You like money. You've got a great big dollar sign there where most women have a heart.The Kiling»)

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Filmes em revista sumária # 254


«True Grit» é de facto um western notável, mais, é um filme notável, um épico à boa maneira do pioneirismo americano e um filme para ver em formato bigger than life … imaginemo-lo no velho Monumental ou no São Jorge de sala única… Só a interpretação de Jeff Bridges, enquanto Rooster Cogburn, é todo um filme, um autêntico festival de visitações a uma série de personagens inesquecíveis de cowboys truculentos mas de coração mole, capazes de esganar o próximo e perder-se de amores por uma causa de lana caprina. Bridges se não levar o Óscar (Lee Marvin não faria melhor, quanto mais Wayne…) é porque todo o mundo apenas terá olhos para determinado sotaque.

Mas há muito mais para além de Bridges neste clássico dos clássicos, pela mão dos manos Coen e do director de fotografia Roger Deakins (superlativo trabalho o seu): há o velho Oeste, a planície que nunca mais acaba, o rio perigoso, a montanha rochosa, as cidades feitas de cartão e sessões de enforcamento, alguém que busca a vingança por um crime hediondo, tiros de pistola e carabina, cavalos e correrias, enfim, há ... Ford, Dwan, Boetticher, Wellman, Man, Hathaway, Peckinpah, Leone, Eastwood… A melhor sequência? A da cavalgada heróica buscando o antídoto para o veneno de cobra; um portento. Muito agradecido, Rooster Cogburn!

Filmes em revista sumária # 253


Se é verdade que, regra geral, os ingleses costumam ser imbatíveis em séries televisivas e filmes históricos, eles são-no muito mais quando toca a filmar e interpretar personagens da sua própria História. Não sendo, nem de perto nem de longe, um rei que nos tenha deixado registo histórico assinalável, a verdade é que só o facto de Jorge VI ter coexistido com a 2ª Guerra Mundial faz dele uma personagem histórica fascinante e incontornável (não tanto quanto o mano mais velho, diria eu, que continua à espera do biopic definitivo…).

Colin Firth está igual a si próprio, ainda que partilhe os elevados créditos deste « The King`s Speech» com Geoffrey Rush, o guru australiano que consegue vergar a gaguez de um rei. A realização tem alguns momentos de grande inspiração, que conseguem trocar as voltas visualmente ao espectador, veja-se por exemplo os magníficos cambiantes de enquadramento de alguns dos planos dentro do escritório de Rush (por acaso as melhores cenas de todo o filme…). Helena Bonham Carter consegue, finalmente, um papel de relevo fora do habitual “número” em filmes do marido. No resto, é mais uma das habituais boas produções inglesas… e está tudo dito.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Melodia fascinante


What I want to know is why! Why do they have to destroy a man twice? You work and work and just what do you get? Everything, when it gets too good they take it away.

Espero que tenhas gostado de ver esta tarde «The Eddy Duchin Story» na sala da Barata Salgueiro, e de Rachmaninoff. Da vez que eu a vi na TV suei e fiquei fã.

Ainda em convalescença


Sob os auspícios da Ada, ou será Ardor? Nabokov é sempre um desafio.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Para ti. Choac.

sábado, fevereiro 12, 2011

Verão Azul


Retiro tudo quanto disse de mal sobre esta simpaticíssima série juvenil, passada em Nerja. Quando a vi das primeiras vezes, achei-a tão tonta quanto a da Pipi das Meias Altas. Além disso, ninguém tocava nem nos "meus" Pequenos Vagabundos nem na Família Partridge. Mas agora que a revejo na RTP Memória, rio a bem rir das diabruras daqueles chavales e do atraso efectivo deste país em relação à Espanha de 1980. Céus, 30 anos passados, tudo na mesma.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

E o irmão mais velho?


A propósito do discurso do Rei Jorge VI, muito eu gostava que alguém pelos reinos do cinema e dos actores ingleses pegasse na vida do irmão mais velho daquele e filmasse a biografia definitiva de Eduardo VIII.

Amanhã, na Cinemateca Júnior:

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Filmes em revista sumária # 252


Os anos passam, as vidas também, e os que não aproveitam as oportunidades que lhe vão surgindo podem ficar “encalhados”. Desses, da sua solidão e dos “comboios” que perderam, é do que trata este «Another Year», sabiamente relatado em estações do ano, ficando o espectador a acompanhar as peripécias e a rotina de um ano inteiro nas vidas das respectivas personagens. É um filme sobre a solidão, claro, e um filme de Mike Leigh, o que pressupõe sensibilidade e bom gosto, e uma direcção de actores impecável. Neste particular, Jim Broadbent está magnífico, um autêntico prodígio de naturalidade e de empatia com a câmara. O episódio inicial com Imelda Staunton dá o mote ao filme mas poderia, perfeitamente, ter sido revisitado no final do filme…

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Obituário: Anne Francis (1930-2011)


Enquanto isso, Anne Francis desapareceu no princípio do ano e esqueci-me de o referir, perdido no meio de tantos desaparecimentos. Mais do que uma prolífica actriz secundária, tanto no cinema como na TV, era uma actriz bastante bonita e simpática e uma excelente pessoa. A sua (minha) prestação favorita? A da jovem, irreverente e perigosa Liz, em «Bad Day at Black Rock» (1955)

Filmes em revista sumária # 251


O problema deste «Biutiful», de Alejandro González Iñárritu, é haver desgraças a mais para um homem só. É que a personagem representada por Bardem (mais uma excelente interpretação) tem que lidar com o cancro, a bipolaridade, a orfandade, a miséria, a imigração clandestina, o contacto com os mortos, o outro lado de Barcelona, etc., etc. Não sendo um mau filme, que não é, é demasiado deprimente para ser verosímil, q.b. É pena. Há algumas sequências notáveis, sobretudo aquelas em que o sobrenatural se sobrepõe ao … natural.

Filmes em revista sumária # 250



Sejamos claros: tentar reduzir «Black Swan» a um thriller psicológico em redor da descoberta sexual é não querer ver (para não dizer mais) o que ele é, um filme soberbo sobre uma Avis rara, ponto. Natalie Portman tem um papel de arromba (dir-se-ia que um biscuit de dupla face) como alguém que, de tão obsessivamente procurar a perfeição, neste caso por via da ascensão a prima ballerina, descamba numa espiral alucinante e num vórtice de quase demência, em que o sonho vira pesadelo, a ficção, realidade, com consequências físicas e trágicas inevitáveis; será o preço da raridade. A segunda parte deste filme é de facto poderosa, a última meia-hora será mesmo um assombro de filme, que só não arrebatará aos inertes.

Darren Aronofsky continua igual a si próprio, que é como quem diz, sendo um realizador, aparentemente, também ele à margem, sabe como cativar e desbravar beleza por territórios à partida incompatíveis, em filmes aparente mas só superficialmente doentios … um pouco como Tchaikovsky para o ballet, afinal de contas. A câmara, o granulado da imagem, os planos em claro-escuro, a montagem “à la” Schoonmaker, os néons do camarim que vira câmara de confessionário, os “esqueletos no armário”, e a capacidade de Aronofsky em rodar um filme praticamente em 2-3 cenários; enfim, é também ele quase perfeito, este filme, pese embora os inevitáveis clichés e a mais que obrigatória comparação com «Red Shoes» (neste capítulo, Vincent Cassel é cilindrado por Anton Walbrook, claro). Prova disso mesmo, é a relutância em termos que aceitar que o filme acabou…

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Obituário: Maria Schneider (1952-2011)


Não seria grande actriz, que não era, e talvez fosse por ter feito dois filmes míticos, «O Último Tango em Paris» e «Profissão: Repórter»; mas a verdade é que Maria Schneider tinha um je ne sais quoi que me deixa muito triste pelo seu desaparecimento.

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terça-feira, fevereiro 01, 2011

Filmes em revista sumária # 249


«The Next Three Days» estará a anos-luz do extraordinário «Crash» (coroa de glória do realizador-argumentista Paul Haggis até agora) e a muitos km de distância do «The Valley of Elah », mas não é um objecto desprezível, antes pelo contrário, e sobretudo nas tais 72h a partir das quais deixamos de ter um filme em flashback (em que apenas a sequência na casa do traficante nos faz mexer na cadeira) para termos um belo exercício de acção (fuga da prisão), pura tensão e adrenalina, ainda que déjà vu, como era previsível, aliás. Crowe continua a ser um bom actor, à espera de um papel que o faça regressar quiçá ao underacting de «The Insider».