sexta-feira, maio 31, 2013
segunda-feira, maio 27, 2013
«Que sei eu de Walsh?»
Só isto, que é muito pouco.
Obrigado ao Luís Mendonça pelo convite e, claro, ao «À pala de Walsh».
sexta-feira, maio 24, 2013
Filmes em revista sumária #400
Da Maravilha e do Amor total a preto e branco que emanam da abadia do Monte de Saint Michel (imagino que Malick não tenha estado por lá em tempo de enchente de buses e/ou presenciado o que o futuro comboio acarretará em termos de impacto visual em todo aquele paraíso…) rapidamente somos transportados para uma enxurrada de dichotes completamente ocos e de auto-plágio em regime de piloto-automático que se teme ser Malick muito melhor quando filmava ao ritmo de Kubrick (isto de ser mestre não encaixa em todos…) do que a esta recente produção em série. Infelizmente, em «To the Wonder», esgota-se rapidamente a paciência para os bailaricos filosófico-espirituais de Olga Kurylenko e em relação a Affleck nem chega a haver pachorra, tal o miscast completo do canastrão. As personagens de Bardem e Rachel McAdams vêm e vão sem se saber como e sem deixarem rasto. Valem a banda sonora e uns quantos planos por entre o trigo e o vento e o Céu e a Terra (muito mais do que os filmados na Bretanha, por sinal), que nos transportam para o subvalorizado «Days of Heaven», o meu favorito – e peço desculpas aos malickianos - de todos os de Malick.
quarta-feira, maio 22, 2013
terça-feira, maio 21, 2013
Filmes em revista sumária #399
Di Caprio não tem culpa (muito menos terá Scott Fitzgerald…) da veneta frenética com que Baz Luhrmann resolveu recuperar para o nosso tempo a personagem inacreditável chamada James Gatz, perdão, Jay Gatsby, que Redford (muito mais do que Ladd, diga-se) houvera protagonizado para a posteridade da cinefilia em 1974, apesar do filme de Jack Clayton estar longe de ser uma obra-prima enquanto tal quanto mais ombrear sequer com o fabuloso livro. Curiosa e precisamente, o melhor deste filme do autor de «Moulin Rouge» reside nas cenas deixadas de fora dos seus tiques alucinados e historicamente incorrectos e do frenesim pirotécnico em que tudo se desenrola; vejam-se, por exemplo, a belíssima cena em que Gatsby vai deitando camisa a camisa sobre Daisy, ou aqueloutra da discussão em crescendo entre os dois ‘galos’ no pré-acidente, a primeira de uma poesia à Fitzgerald, a segunda de uma tensão dramática notável, o que prova que Baz pode e sabe fazer muito melhor do que videoclips ‘marados’. As 3-D são para rir e completamente desnecessárias (já cansam…). Os rostos de agora não são os rostos dos anos 20, disso já todos nos demos conta; e aquele ambiente, pese embora todos os efeitos especiais e mais alguns, é impossível de revisitar sem o toque de um génio que Baz não é. Mesmo assim, o filme vê-se bastante bem (melhor que o passado no refúgio de Toulouse Lautrec… mesmo que no mesmo registo de cores à BD e música massacrante) e há qualquer coisa que nos continua a bater bem fundo aquando do epílogo: a culpa, claro, essa é toda de Fitzgerald. Revisite-se a versão de 74, já.