Um filme cativante, que relata o drama amoroso de uma rapariga branca cega (desempenhado de forma pungente pela espantosa, e malograda, Elizabeth Hartman)por um negro (Poitier). Um filme com cenas ousadas e actuais, e diálogos espantosos, como este:
Selina D'Arcy: I know everything I need to know about you. I love you. [tocando a cara de Gordon] Selina D'Arcy: I know you're good, and kind. I know you're colored and I... Gordon Ralfe: What's that? Selina D'Arcy: ...And I think you're beautiful! Gordon Ralfe: [sorrindo] Beautiful? Most people would say the opposite. Selina D'Arcy: Well that's because they don't know you.
No centenário (e que site fantástico!) de Fleming, e à falta de imagem para cada um dos volumes da velhinha e estimadíssima colecção de bolso da Europa-América, aqui fica o memento do melhor dos filmes, com o melhor dos 007.
A cara mais bonita do Atletismo, era a de Ulrike Meyfarth (aqui com o nº 168) que, por acaso, era a melhor saltadora em altura da década de 70, infiel ao estilo de rolamento ventral, como se vê, potencialmente mais perdedor...
Hoje, em Assembleia-Geral, continua o braço-de-ferro entre o negócio (SAD) e a instituição (clube) com novo e decisivo episódio. Ainda bem que não sou sócio, apenas simpatizante.
Impressionante a reportagem incluída na melhor série documental da actualidade (Des Racines et des ailes) do tesouro descoberto na margem esquecida do Reno, junto a Arles, de um ainda mais impressionante busto de César e de uma estátua de Neptuno, quase completa, que vão ser estrelas culturais da próxima presidência francesa, bien sûr.
Impreesionante, também, os primeiros capítulos do livro recentemente publicado de Lumsden sobre as Schutzstaffel, que finalmente enceto. Um documento absolutamente indispensável para conhecer aprofundadamente o fenómeno, para além do politicamente (in)correcto.
(*) A foto diz respeito à sub-série «Homens e Tubarões», também de Bruno Vailati, o mergulhador e explorador (sub)aquático mais famoso de Itália, e ícone em todo o mundo.
Nesta autêntica razia dos últimos meses, o nome de Pollack não parecia estar em perigo e, no entanto, a notícia da sua morte aconteceu. Triste e implacável. Trouxe-me à memória uma figura simpática, paternal, de um homem bom, honesto e com bom gosto; que acumulava o facto de ser um bom actor secundário com o de ter realizado filmes magníficos, na sua maior parte.
Da lista de filmes (curta mas imprescindível) fazem parte da minha videoteca os incontornáveis 70's com «Jeremiah Jonhson», «Os Três dias do Condor», «Bobby Deerfield», «Yakuza» e «Os Cavalos também se Abatem». «Out of Africa»?, esse é o corolário de uma carreira e um filme que dispensa qualquer comentário, já que se trata de cinema no seu estado mais puro.
Dramalhão tremendamente bem interpretado, este «Reservation Road», mas sem nunca transpor o limiar do ‘bem feitinho’. A história, apesar de romanceada, é tremendamente realista e actual, e gira à volta de um daqueles acidentes que parecem traçados pela força do destino, do que tinha que ser (quem não se lembra da frase premonitória «nem a correr se foge ao destino», de «Nosferatu»).
A partir daí é o desenrolar dos inerentes sentimentos de revolta e vingança, a par e passo com os de culpa e desonra, mas longe da intriga policial. Tudo é drama e multiplicidade de olhares e gestos, num festival de interpretação de paternidade egoística, de Mark Ruffalo e Joaquim Phoenix, aqui e ali furado pela serenidade maternal, frágil e pungente de Jennifer Connely. A realização pauta-se pela sobriedade, nunca enveredando pelo puxa-lágrima fácil. Podia ser melhor, mas é interessante q.b.
Falar-se de natação olímpica e esquecer Mark Spitz é a mais pura das blasfémias. O homem é o maior nadador de todos os tempos (mil desculpas a Gross, a Popov, a Mathes e a... Weissmüller, claro), e era uma máquina de arrecadar medalhas ... até dava raiva.
«A Maldição do Lobisomem» (1961) é dos muitos filmes de Terence Fisher ao serviço da «Hammer Films». Pena que o fabuloso catálogo desta casa seja sistematicamente esquecido pela RTP que, no seu canal memento, poderia substituir as chachadas bíblicas e os musicais tontos que costuma passar por ciclos verdadeiramente interessantes, começando por reabrir o baú dos filmes góticos daquela produtor mítica.
E não é que vou voltar a ver o Festival da Canção?!
Tudo por causa, não da matronice lusitana, mas pela lufada de ar fresco que é a canção (e o intérprete) do lado de lá do Caia. Sim, a culpa é do maluco daquele 'cromo' argentino, Rodolfo Chikilicuatre, que quer à viva força que a gente Baila el chiki. Viva o Chiki-Chiki 4 e que ganhe a toda aquela piroseira, no Sábado.
Passa «Manderlay», a continuação do espantoso «Dogville». A ver - apesar da filhota de Ron Howard ter substituído a Kidman -, onde? No Canal ARTE, pois claro, que me foi subtraído fraudulentamente pela TV Cabo, passando-o para canal pago à parte. Uma vergonha. Para que servem a DECO ou a Alta Autoridade? Nada. Zero.
Com «A Desconhecida», Tornatore surpreende pela positiva o mais fiel dos seus fãs, afirmando uma veia (desconhecida) de director de intriga policial acima da média. De lado fica o romantismo dos seus filmes mais antigos, sendo de louvar o ter conseguido escapar ao sêlo corny que lhe imprimiram. Mesmo assim, contudo, há alguns tiques perfeitamente dispensáveis, especialmente a nível da banda sonora e do rebuscado de algumas situações, a começar pelas da exploração sexual.
O filme é, regra geral, sóbrio, com uma história bem urdida, em jeito de charada, e tem alguns momentos de bom cinema, como, por exemplo, aquela sequência em que no mesmo espaço, dividido por paredes estropiadas, a protagonista (uma descoberta chamada Kseniya Rappoport!), a personagem da mãe adoptiva e o vilão (que dizer de Michele Placido?) trocam argumentos, olhares e gestos ... a fazer lembrar Rivette.
Kornelia Ender era uma fábrica de medalhas para a ex-RDA. Uma locomotiva humana, perfeita em quase todos os estilos da natação. Ainda por cima, era como a fotografia documenta.
E desta vez por causa de uma caveira. A «caveira» não será certamente a da Harrison Ford, que está em forma e recomenda-se. Um filme a ver, pelo prazer do bom Cinema de Aventuras. Dificilmente, contudo, será ultrapassável o primeiro episódio da saga.
O pior deste filme é mesmo tentar descobrir a fronteira entre a «charge» deliberada aos filmes puxa lágrima, de cariz mais ou menos novelesco de cordel, e o deliberado e extremado melodrama, tão ao gosto do cinema de bom gosto do novel e assombroso cineasta de mulheres, François Ozon, de seu nome.
Ou seja, enquanto sátira inteligente às adaptações, mais ou menos feéricas dos livrinhos de Barbara Cárter & Cia., «Angel» aguenta-se bem durante hora e meia. Mas, quando, aparentemente, o filme se toma a sério, a coisa descamba e nem mesmo o requinte da produção, dos interiores, do guarda-roupa, da recriação de época, e do registo do actores, faz com que o enfado persista. Um filme bonito mas piroso.
Fechando o lote de ídole gímnica, a referência obrigatória (e peço perdão a Andrianov) ao húngaro Zóltan Magyar, que fez da disciplina de cavalo-com-arções meu visionamento obrigatório durante uma série de Europeus, Mundiais e Olímpicos da especialidade. Os seus exercícios lembravam a cadência de um pêndulo.
Novamente se me atravessa no caminho a Cardinale com a sua mala, no maior sucesso de Zurlini. Tem-se-me atravessado por diversas vezes, mas nunca deu para a (re)ver no grande écran. Desta vez é na próxima 3ª F, às 19h, na Cinemateca, pois então. Será desta?
Enquanto as Olimpíadas não começam em Pequim, fico com os meus ícones, sabendo de antemão que será difícil substituí-los. Começo pela ginástica feminina, e pela bela Ludmila Turischeva, que fazia jus em ser mulher de corpo inteiro, nos primeiros Jogos de que me recordo. Antes de Comaneci e Nelly Kim, e apesar de Olga Korbut.
Fico triste, muito triste, por me lembrar do Eden, esse portento de cinema.
Que deu a conhecer mil e um filmes, um dos quais, o melhor da saga do arqueólogo-aventureiro, o primeiro, pois claro, visto desde uma das suas cadeiras míticas (algumas das quais ao serviço, hoje, do cine-teatro dos Salesianos do Estoril ... e outras por aí, ao Deus-dará, talvez nalgum antiquário de vão-de-escada), naquela plateia imensa. Muita pena o que alguns crápulas deixaram que outros iguais lhe fizessem. Muita pena.
Na impossibilidade de lá estar e ver Desplechin, Jean-Pierre e Luc Dardenne, Eastwood, Soderbergh, Egoyan, Woody Allen, Kim Jee-woon, ou rever alguns dos Lean que constam da programação, contento-me em chorar e recordar a minha descida da passadeira vermelha, de há cerca de 5 anos, em trânsito para Villefranche, altura em que houve direito a fotografia, ao longe.
E isso é mau porque, pessoalmente, gostaria de rever «Karl May», «Ludwig - Requiem für einen jungfräulichen König» e «Hitler». E ver as diferenças entre a sua «Marquesa d'O» e a de Rohmer. Para quando uma retrospectiva do alemão, allô PM?
Se algum dia me perguntassem qual o melhor programa de televisão do momento, responderia sem hesitar um só segundo, elegendo este excelente produto (mais um) da France 3.
«O que Calígula imaginou algum tempo depois, era inacreditável e inaudito. Mandou levantar sobre o mar, entre Baies e Pozzollos, no espaço de 3:600 passos, uma ponte formada d'uma dupla fila de navios de transportes ligados com ancora e recobertos d'uma calçada que imitava a via Appianna.
Calígula ia e vinha por cima d'uma ponte durante dois dias, no primeiro montado n'um cavallo magnificamente arreado, com um corôa de carvalho na cabeça, armado de uma acha, d'um broquel gaulez e uma espada, e coberto com uma casacão dourado; no dia seguinte, vestido de cocheiro, conduzindo um carro puxado por dois cavallos de belleza rara, e fazendo marchar na frente o jovem Dario, que os Parthos lhe haviam dado em refens, seguido dos seus guardas pretorianos, e dos seus amigos montados sobre carretas.»
Mas também ao cinema de Carl T. Dreyer e de Friedrich W.Murnau. Mas também ao granito. Tudo por causa de conversa animada com a amiga Isabel, vi-me, de novo, nas Penhas Douradas.
Aqui fica o original, no Rijksmuseum, que esmaga tudo e todos: «A Ronda da Noite», cuja descrição no melhor sitededicado a Rembrandt, reza assim:
«The Night Watch lies at the center of the most persistent and annoying of all Rembrandt myths. As recently as the tourist season of 1967, KLM Royal Dutch Airlines featured the painting by their illustrious countryman in an advertisement inviting travelers to visit Holland. "See Night Watch," said the advertisement, "Rembrandt's spectacular 'failure' (that caused him to be) hooted ...down the road to bankruptcy." The myth has been attacked by various critics, and a few years ago it was utterly demolished by Professor Seymour Slive of Harvard in Rembrandt and His Critics. But since the tale has a phoenix-like capacity for self-resurrection, a few of Professor Slive's observations will bear repeating here.
The painting was not poorly received; no critic during Rembrandt's lifetime wrote a word in dispraise of it. Captain Banning Cocq himself had a watercolor made of it for his personal album, and a contemporary oil copy of it by Gerrit Lundens, now owned by the National Gallery in London, offers further proof of the picture' s popularity. The Night Watch was never hidden in some obscure location; it was first hung in the Kloveniersdoelen, the headquarters of the civic guardsmen, and in 1715 it was moved to the Amsterdam town hall, as prominent a place as could have been found for it. (Probably on the occasion of its transferal, but no doubt for reasons of space, the painting was cut down on all four sides. The greatest loss was on the left, where a strip about two feet wide, containing three figures, was removed. Nor did painting this supposed "failure" result in any abrupt withdrawal of patronage; Rembrandt received about 1,600 guilders for the Night Watch, and four years later the Prince of Orange gave him 2,400 for two smaller works.
The fable of the Night Watch may owe its stubborn survival to the fact that it is a simple and convenient means of disposing of a complex matter. In 1642 Rembrandt was at the height of his popularity, and thereafter he slowly fell out of public favor, though never to the extent that romantic biographers suggest. What were the reasons for his "decline"? One of them, certainly, was a change in Dutch tastes in art. During the 1640s wealthy citizens, perhaps growing a trifle soft in their security, developed a fondness for showiness and elegance. They began to prefer the bright colors and graceful manner that had been initiated by such painters as the fashionable Flemish portraitist Anthony van Dyck- who, however fine an artist, lacked Rembrandt' s depth. Rembrandt's use of chiaroscuro dissatisfied them too, and they turned away from an artist who seemed "dark" and-what was perhaps worse-demanded that they devote some thought to what they were looking at.»
Gosto muito de mirtilos e gosto muito do ‘verdadeiro’ cinema de Wong Kar-wai para que «My Blueberry Nights» me faça voltar com a palavra atrás, mas lá que é difícil suplantar «In the Mood for Love», é. Noites de mirtilo não significam o sabor do amor, e o cinema do chinês vê-se claramente fora do seu contexto, a que nem mesmo escapa a primeira meia hora de película, decalcada que é de «Chungking Express», com Norah Jones (ainda é o que de melhor o filme tem … ela, a ainda ninfeta Natalie Portman e a espantosa Rachel Weisz, diga-se) e Jude Law ao balcão, em volta não de noodles mas de tarte de mirtilo com gelado, por entre um caleidoscópio de cores, filtradas das mais variadas formas e exasperantes de tanto ralenti. A partir daí o filme torna-se uma espécie de road movie de 2ª, para acabar com um plano de antologia, num beijo redentor filmado em plongée, ao jeito de encaixe da última pecinha de puzzle, aqui claramente redundante.
Ladies and gentlemen, let me present Frankie goes to hollywood Possibly the most important thing This side of the world.
Oh yeah, well ard!
You may pronounce us guilty a thousand times over, but the goddess of the Eternal court of history will smile and tear to tatters the brief of the State prosecutor and the sentence of this court, for she acquits us Condemn me Condemn me Condemn me History will absolve Singing "this will be the day that i die". Yeahhhhhaaaa (if your grandmother or any other member of your family should die whilst in the shelter, Put them outside, but remember to tag them first for identification purposes.) Go to war Go to war Go to war Heh Just think, war breaks out and nobody turns up. (if any member the family should die whilst in the shelter, put them outside, But remember to tag them first for identification purposes.) (if your grandmother or any other member of the family should die whil... ...dentification purposes.) Heh heh It's enough to make you wonder sometimes if you're on the right planet.
Let's go
*when two tribes go to war A point is all you can score When two tribes go to war A point is all you can score
Cowboy no. 1 A born-again poor man's son On the air america I modelled shirts by van heusen-yeah
You know
*(repeat)
Working on the black gas
Switch off your shield Switch off and feel I'm working on loving-yeah Giving you back the good times Ship it out-out I'm working for the black gas
*(repeat)
We got two tribes We got the bomb We got the bomb-yeah Sock it to me biscuits-now
Are we living in a land Where sex and horror are the new gods? Yeah
When two tribes go to war A point is all you can score
«Diz-se que levou ainda mais a torpeza, mesmo ao ponto em que é tão difícil de acreditar como de contar. Pretende-se que habituava as criancinhas um pouco fortes, mas ainda de peito, a que chamava os seus pequenos peixes, a brincar entre as suas pernas, quando estava no banho, a mordêl-o e a mamal-o, género de prazer análogo à sua edade e às suas inclinações...»