sexta-feira, julho 24, 2009

À la recherche du temps perdu (3)



Faço questão de travar a minha batalha em miniatura, do Dia-D, não pela Britains Deetail mas de um lado e de outro, a corpo inteiro. Desde os bunkers sob as ordens de von Rundstedt. Desde as barcaças sob o comando de Ike.

quinta-feira, julho 23, 2009

Filmes em revista sumária # 158


Proposta agradável e despretensiosa, para tarde chuvosa ou outro qualquer impedimento de ida à praia, esta «Proposta» que nos é feita por Sandra Bullock, a qual, diga-se, é mais de metade do filme, nesta que é mais uma prova (se tal fosse preciso) de que é nas comédias que a actriz resplandece, aqui bem secundada por Ryan Reynolds, com quem faz uma química inesperada. O Alasca está muito bem publicitado. Nada mais a acrescentar.

Karl Malden (1912-2009)


O esquecimento foi meu e não tem perdão. Morreu, mas não desapareceu, um dos melhores actores secundários de todo o sempre, “made by” Kazan. Raramente fez de vilão, aliás aquele rosto não o permitia. Indossiável do seu chapéu à detective de polícia, Malden (apelido achado por troca com o seu nome Mladen) era um extraordinário actor, de fácil comprovação nas dezenas e dezenas de papéis inesquecíveis, de jovem promessa a veterana certeza. Um bom homem, de fácil comprovação pelos 70 anos que levava de casado. Cá por casa era conhecimento carinhosamente pelo actor do nariz de batata.

Well, you know Chick, like old momma said, next best thing to playing and winning is playing and losing


«Hard Times» (1975)


Os tontos dos produtores de Hollywood continuam a martelar em remakes, regra geral mil vezes piores do que os originais. Hoje "estreia-se" nos cinemas-pipoca de Lisboa. Em 1975, Coburn aliciava Bronson para lutar por dinheiro na rua, sob a direcção de um ainda novato, e então promissor, Walter Hill. Um belo filme, visto no Monumental, 7 anos antes de Abecassis o deitar abaixo. Bronson devia ter vindo a Lisboa nessa altura...


quarta-feira, julho 22, 2009

À la recherche du temps perdu (2)


«Un amour de Swann» (1984)

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segunda-feira, julho 20, 2009

À la recherche du temps perdu (1)

Those were the days (10)




Não me lembro de ouvir One small step for man, one giant leap for mankind, nem sequer de quem do lado de cá fazia a narração, mas lembro-me de descer as escadas a correr, desde o quarto e meio ensonado, e ir para defronte da então não tão velha assim Pilot. As imagens tremiam a preto e branco, os adultos faziam algazarra. Lembro-me que dos meus 6 anos em diante esperaria por mais transmissões daquelas. Houve algumas mas nenhuma como aquela.

domingo, julho 19, 2009

Man has a choice and it's a choice that makes him a man *







* «A Leste do Paraíso» (1955)

Vive le cinéma (45)

sábado, julho 18, 2009

"A" sequência de abertura



That was the last killer that ever got out of my hands.


De um dos melhores filmes do mundo. Um hino à técnica, à encenação, à narrativa, à imagem em movimento. De e por um gigante.

sexta-feira, julho 17, 2009

Um bom filme nunca é demais. Mesmo que pela enésima vez.


I'd like to apologize, but who to? *





* «A Sangue Frio» (1967)

Vive le cinéma (44)

quinta-feira, julho 16, 2009

Mudar de opinião e seguir quem te corrige é também o comportamento do homem livre *


* Marco Aurélio

terça-feira, julho 14, 2009

Filmes em revista sumária # 157



Curioso mas baralhado filme, este «Incendiário», da realizadora de Bridget Jones, que, para fugir aos lugares-comuns (o que nem sempre consegue), tece toda uma teia de fatalidades e desígnios, que, louca e supostamente, farão de Londres uma cidade inevitavelmente incendiária e incendiada: o Grande Incêndio, o Blitz, a "religião" Arsenal, as “misturas” étnicas explosivas, etc. Daí até um grande atentado terrorista em pleno derby Arsenal-Chelsea foi um ápice. O melhor do filme é mesmo Michelle Williams, finalmente, e surpreendemente, num papel digno de Óscar. McGregor está igual a si próprio, ou seja, desconcertante.

Those were the days (9)


O cheiro e o amachucar dos cartuchos e fitas da Quermesse de Paris. O retirar do pacote, um por um, os cavaleiros da Guerra das Rosas, da Swoppet, ou os índios, a soldadesca da Guerra da Secessão, a cowboiada. Antes da entrada no Budo Clube, de Entrecampos, para mais uns golpes e trambolhões de fim de tarde, isso já não volta. Não senhor. Finalmente, foi encontrado o adorno do elmo em falta. Agora faltam umas 10 viseiras, despojos de guerra.

domingo, julho 12, 2009

Vive le cinéma (43)



«Indian Song» (1975)

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sábado, julho 11, 2009

Vive le cinéma (42)

quinta-feira, julho 09, 2009

Vive le cinéma (41)


«Garde à vue» (1981)

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Filmes em revista sumária # 156


«Elegia» tem tudo para dar certo – um bom argumento (não só Nicholas Meyer é um argumentista de créditos firmados, como a obra que lhe serve de base é um livro de Philip Roth), bons actores, fotografia irrepreensível, música belíssima (um bom piano é quase sempre meio-filme), temas candentes (beleza, posse sexual, cancro da mama, “velho por fora”) etc. – mas não dá para poema filmado. Muito menos será um filme de culto. Porquê?

Talvez porque os temas que aborda, sob a forma de ensaios, sejam … demasiados. Talvez por inépcia da catalã que o realizou (Isabel Coixet), deslumbrada com tanto “ingrediente”. Talvez porque tenha apostado demasiado na “eleita” Pé como musa Maya, e apesar da espanhola conseguir uma clara boa interpretação (e sou insuspeito), malgré aquele hediondo sotaque. Talvez porque Ben Kingsley se revele um miscast em termos romântico-sexuais: o homem não dá para aquilo, é pouco flexível, e nunca existe química” entre ambos, cheirando muitas vezes a falso … facto que se comprova na primeira (e descompensada) parte do filme onde as melhores cenas são as dos “velhos marretas” Kingsley e Hopper, e as melhores deixas as frases que nos são ditas em off, pela consciência do Prof. Kepesh.

quarta-feira, julho 08, 2009

terça-feira, julho 07, 2009


Those were the days (8)



Que me perdoem os incondicionais de Fângio, seguidos pelos de Ascari, Moss e Graham Hill, mais os de Fitipaldi, Senna e Schummi. Mesmo os de Jackie Stewart, Ronnie e Gilles. Enfim, todos os vencedores de F1 desde 1950 (antes disso, diz quem sabe, as corridas é que eram a sério, e de todos os melhores eram Nuvolari e Rosemeyer). Mas para mim, desde os meus anos mais que tudo, Niki simboliza a F1, e ao volante da Ferrari, claro, sobretudo aquela máquina espectacular de 1975. Que o digam todas as outras miniaturas da Corgi, aqui e ali desfeitas de encontro ao muro.

Filmes em revista sumária # 155


Manietados, é como se sentirão 90% dos espectadores que assistam incautamente a «The Life Before Her Eyes» (traduzido por algum mentecapto como «Sem Medo de Morrer»). De facto, era escusado Vadim Perelman brincar tanto ao gato e ao rato com o espectador; ainda que, verdade seja dita, depois de visto e de “revisto” mentalmente, até que as peças deste enigma existencial, sob a ameaça de uma metralhadora, encaixam mais ou menos, ainda que fiquem algumas pontas soltas.

Seja como for, o filme e Uma Thurman cheiram demasiado a «What Lies Beneath» e a Michelle Pfeiffer, respectivamente, ainda que o filme seja bastante bonito e esteja realizado e decorado com muito bom gosto. No fim, contudo, o que conta é Evan Rachel Wood, já uma bela e senhora actriz, dotada ainda por cima de um poder de insinuação e captação da câmara só ao alcance de muito poucas.

domingo, julho 05, 2009


Virna Lisi

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Vive le cinéma (40)


Alida Valli

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Those were the days (7)


Digam o que quiserem mas para mim o maior edifício do mundo continua a ser o Empire State, não porque tenha sido onde acabou o romance mais tórrido do cinema, entre Kong e Fay Wray, ou porque seja da minha mais-que-tudo déco, mas porque deve ter sido uma aventura fabulosa a sua construção em apenas 1 ano.

sábado, julho 04, 2009

Filmes em revista sumária # 154


A tramóia é conhecida e, infelizmente, é o “pão nosso de cada dia”, por cá e por aí: empresas corruptoras vs. políticos corruptos, investigações jornalísticas vs. polícias obtusas, “o que parece até nem é” (o inverso também se aplica), e no fim, espremido fica tudo na mesma. Só que desta vez a coisa até funciona e o lobo com pele de cordeiro é apanhado e everybody is happy.

«State of play» (que alguém traduziu por ligações perigosas, o que até choca com outros filmes baptizados de igual) é, de certa forma, honesto e sem pretensão a lição de moral, o que só lhe fica bem. O filme está bem feito, com sobriedade, por vezes com garra, mesmo, mas muito por força dos actores, especialmente Russell Crowe e Bem Affleck (quem diria?), bem secundados por um naipe de verdadeiros “1ºs-2ºs ajudas”, para parodiar o momento político cá pelo burgo. Entretém, sem nunca deslumbrar.

sexta-feira, julho 03, 2009

Quando o cinema se torna realidade:

Filmes em revista sumária # 153


A Última Casa à Esquerda” é uma nova versão de um filme 72 de Wes Craven, cuja presença, aliás, enquanto “farol”, é por demais evidente, mas sem a genuinidade deste, passe a redundância. Ou seja, o filme está muito bem feitinho em termos visuais, com algumas soluções bem apanhadas (que aliás se vão tornando vulgares, tal a profusão com que vão sendo aplicadas aos thrillers e filmes de terror que vão sendo feitos aqui e ali), vide os planos semi-estáticos, quase poéticos; os choques de automóvel em grande plano; os elementos da Natureza a turvarem a imagem; etc.

Contudo, o filme é, regra geral, muito mal interpretado (há mesmo cenas em que alguns deles parecem estar a rir do que estão a fazer), e não fora o tom gore dos últimos 10’, seria um imenso bocejo da enésima alhada em que adolescentes tontos se metem sem necessidade.

quinta-feira, julho 02, 2009

A música continua

quarta-feira, julho 01, 2009

Ontem, sublime, no Mezzo:


Michel Legrand, back in Paris, um dos melhores concertos que jamais vi do autor de «Les Parapluies de Cherbourg», lá do alto dos seus 77 anos de idade, com direito a Alison Moyet, muita panache e, sobretudo, JAZZ.