sexta-feira, julho 29, 2011
Gentlemen, you can't fight in here! This is the War Room
Continua a ser um filme soberbo. Dá gosto vê-lo logo de manhãzinha. Foi o que eu fiz.
quarta-feira, julho 27, 2011
A partir de ontem
Em cima da mesa de cabeceira, expulsando 3 livros que ali estavam para as respectivas prateleiras, de onde serão retirados e recolocados sempre que voltem a ser lidos. Agora, o tampo e o tempo, mesmo que rodando a corda, são de um Jaz em baquelite, ou será jazolite?
terça-feira, julho 26, 2011
Filmes em revista sumária # 278
Em «Meek’s Cutoff», o que começa por ser um desvio de rota sem razão aparente senão a incompetência confessa do guia (misto de fanfarrão compulsivo e Daniel Boone), revela-se, à medida que os dias vão passando e o “novo Éden” não surge, como um atalho sufocante, uma provação interior para cada uma das personagens daqueles colonos por terras do Oregon. Por fim, é ao pele-vermelha indígena que cabe o papel de anjo da guarda àquelas gentes perdidas, devolvendo-lhes (a quem ousou acreditar) a árvore da vida e a esperança para o que haja por detrás daquelas montanhas.
Trata-se de um filme belíssimo, encenado e fotografado em diorama que lembra os filmes de antanho, a começar pelos óbvios westerns (e que outro género mais poderia ser este filme?) e conta com uma Michèle Williams omnipresente. Da realizadora, Kelly Reichardt, só se deseja é que venham mais e no mínimo tão bons quanto este…
segunda-feira, julho 25, 2011
Filmes em revista sumária # 277
Mesmo retirando a «Les Petits Mouchoirs» o seu punhado de actores de excelência (com François Cluzet à cabeça, cada vez mais hoffmaniano), ou o seu humor tão francês, o resultado deste filme feito pelo marido do biscuit Marion Coutillard, mesmo apelidado precipitadamente de um «Amigos de Alex» em tom bom vivant, despretensioso mas algo redundante, é tudo isso e mesmo assim um filme a ver obrigatoriamente.
Seja como for, os amigos são para as ocasiões mas não foi isso que entenderam os amigos de Ludo, só acordando para a realidade, rasgando véus e omissões quando, não por outra coisa que puro egoísmo, já era tarde de mais. Uma lição para muitos. A melhor cena é a do despejar de areia já no final, uma cena que dificilmente outro cinema que não o francês a poderia dar, magnífica, e que só por si vale o filme.
Obituário: Linda Christian (1923-2011)
Já houve tempos em que a nascida Blanca Rosa Henrietta Stella Welter Vorhauer foi estrela da MGM antes de ser conhecida pela "mãe da Romina Power". Fotogénica como poucas, é pena que a ex-mulher de Tyrone (que conheceu durante a rodagem de «Captain from Castile», um dos vários Henry Kings para Tyrone) nunca tenha acertado verdadeiramente num filme e num papel daqueles que ficam para sempre.
quarta-feira, julho 20, 2011
Filmes em revista sumária # 276
Sem nunca chegar ao génio e ao picante de um Dino Risi em «Profumo di Donna», Gianni di Gregorio volta aos écrans com «Gianni e le Donne», uma meia-sequela do sucesso imenso que foi/é «Pranzo di Ferragosto», sobre uma Roma de velhos em pleno mês em que tudo está fechado, sendo que desta vez o enfoque é nos velhos, tantas vezes reformados antes de tempo, voluntária ou compulsivamente, que se recusam a sê-lo … vis a vis a tentação do belo sexo. Di Gregorio tem aquela fleuma e aquele humor tão típicos de Sordi, por ex., e os seus filmes são realmente de uma serenidade e de uma simplicidade a toda a prova, que dá imenso gosto ver e até sentir. E depois há Roma e tutti quanti…
quarta-feira, julho 13, 2011
terça-feira, julho 12, 2011
Nos 450 anos da Catedral de São Basílio
Aqui fica a prenda, com um obrigado à Google pela dica, claro.
segunda-feira, julho 11, 2011
Filmes em revista sumária # 275
Versão pop inglesa do receituário “Nikita” (jovem agente fabricada para ser indestrutível e implacável), cujos únicos pontos de interesse à partida residiam na curiosidade em verificar até que ponto actores e realizador se adaptariam ao tipo de filme de acção non stop, e em roteiro turístico, e ao tipo de personagens (espionagem démodée e esteriotipada em estado de frenesim e com vilões de pacotilha) de «Hanna». No cômputo final salvam-se a jovem e cada vez mais estranha Saoirse Ronan, e 1-2 sequências de acção bem feitas, ex. a passada no terminal de contentores. Argumento?
quinta-feira, julho 07, 2011
De volta ao cangurú laranja
Ontem senti-me de volta àquela imensa bola laranja oficialmente chamada Space hopper, e saltei a finais de 60, na varanda que me parecia enorme sobre a avenida, na pequena rua ainda sem carros à volta de casa, nas Arcadas, um pouco por todo o lado. Estão de volta, ainda que sem aquele saudoso design rústico e, imagino, muito menos duras para os glúteos...
quarta-feira, julho 06, 2011
Ele há tanta
hipocrisia | s. f.
(grego hupokrisía, -as, desempenho de um papel)
1. Fingimento de bondade de ideias ou de opiniões apreciáveis.
2. Devoção fingida.
(grego hupokrisía, -as, desempenho de um papel)
1. Fingimento de bondade de ideias ou de opiniões apreciáveis.
2. Devoção fingida.
Ai, maldita crise
No Vittoriano de Roma, 90 quadros, 30 desenhos, 50 fotos e 2 curtas de e sobre Lempicka. Até 10 de Julho. Por 12 euros. Easyjet?
terça-feira, julho 05, 2011
À venda, numa FNAC perto de si
Attenzione, si prega di stare molto attenti ai dati filmici, pois trata-se do deslumbrante e minucioso épico mudo de Pastrone, e não do homónimo de Fellini & Masina.
O gelado perfeito
Saboreia-se, sim, sob o ilustríssimo lustre com cabeças de mouro do Lavena, na cidade mais bonita do mundo. Tudo o resto são geladarias.
segunda-feira, julho 04, 2011
E por falar em cães...
Fiquei com saudades de me cruzar com os «Straw Dogs» (1971), por mim avistados há demasiado tempo no écran do falecido cinema do Hotel Palácio, no Estoril. Três actores em estado de graça: Hoffman, George e Warner, e um realizador inolvidável, Peckinpah.
Filmes em revista sumária # 274
«The Way Back» (recuso o título piroso da tradução) trata da fuga de um punhado de homens de um dos campos de concentração do “arquipélago de Gulag”, e do seu regresso a casa e às vidas que deixaram do lado de cá. Baseado, ao que parece, em factos verídicos, o enredo serve de mote a mais uma epopeia do Homem em confronto com Natureza e os Elementos, tema grato ao excelente realizador que continua a ser Peter Weir, embora continue a preferir-lhe um policial, «Witness», de entre toda a sua, apesar de tudo, escassa produção.
A fotografia é a todos os títulos notável, e os actores estão bem embora não havendo nenhum registo que deslumbre (a sobriedade e esqualidez de Harris superam largamente o histrionismo desmesurado, ainda que mais empolgante, de Colin Farrell). O enredo é o espectável, com alguns lugares-comuns à mistura (ex. as peripécias no desterro). A melhor cena é a da morte da peresonagem representada por uma Saoirse Ronan em nítida ascensão, qual representação pictórica da Madonna, ela que apareceu do nada com uma missão impossível: unir e motivar quem parecia impossível de unir e motivar.