quinta-feira, janeiro 31, 2013
quarta-feira, janeiro 30, 2013
By jing, that's all there is to it; Right and Wrong
terça-feira, janeiro 29, 2013
Filmes em revista sumária #385
Impossível, mesmo, a quem for ver «O Impossível» é não saber ao que vai. A recriação, possível, do tsunami devastador de parte da costa tailandesa, ocorrido em 2004 (já!), com todos os dramas terríveis a ele associados e as vicissitudes cinematográficas inevitáveis a uma empreitada desse teor e que se resumem a: teledramático, q.b., inclusive o recurso aos kleenex de serviço. Valem a este filme dois excelentes e simpáticos actores, de nome Naomi Watts (melhor seria, mesmo, impossível, e Ewan McGregor – que seria desta fita sem eles? Possivelmente zero. Ah, Tom Holland, o jovem actor que faz de filho mais velho, começa por estar verdadeiramente impossível de aturar para rapidamente meter o que resta do filme no bolso…
segunda-feira, janeiro 28, 2013
domingo, janeiro 27, 2013
sábado, janeiro 26, 2013
sexta-feira, janeiro 25, 2013
Filmes em revista sumária #384
Pouco importa se Tarantino confunde, ignora ou parodia datas e factos, ou se quem sempre odiou o subgénero italiano (não poucas vezes co-produções euro-americanas…) que teve o seu auge entre os anos 60 e 70; o que importa é que «Django Unchained», logo pelo seu título, é apenas uma homenagem aos western spaghetti (por favor, não confundir com westerns) . Sendo assim, poderá haver melhor? Não.
Tarantino não perdeu o jeito, de forma alguma, e só mesmo pré-indispostos ao subgénero mais tão popular pelos antigos cinemas da Baixa, poderá dizer que o autor de «Jackie Brown» já era… Os seus diálogos de “ponta e mola”, irresistíveis, estão bem patentes nas sequências de abertura (verdadeiramente assombrosa, na calma desconcertante com que tudo é manipulado pela personagem de Waltz), por exemplo, e da chegada da comitiva a Candyland, em que de uma assentada Tarantino parodia Tara e o Pai Tomás, dois dos maiores ícones do imaginário norte-americano (e em termos de paródia, que dizer do ataque dos proto-KKK à carroça do dentista? Mel Brooks, puro). Ainda tem tempo para homenagear mestre Leone, mais Corbucci & Cia. (Re)calcar os escravos-lutadores Mandingo (vão já a correr ver o filme homónimo de Richard Fleisher, ok?), os fazendeiros ignorantes mas pedantes, o facto de ser um alemão a tomar partido dos escravos, etc., etc. Ah, e isto tudo debitando a imagem de marca dos sempre vilipendiados western-spaghetti: muito sangue, muito tiro, muito sadismo, muita personagem patibular, muita fealdade. Só faltou foi Morricone…
Quanto a desempenhos, dizer que o extraordinário Christoph Waltz rouba quase todas as cenas em que entra, e entrou definitivamente em Hollywood. E só não rouba as de Di Caprio porque Di Caprio não deixa (este está fabuloso no passeio de charrette e na chegada a Candyland, no jantar, e em todo o duelo de olhares, palavras e gestos do “duelo” com Waltz. Jamie Foxx cumpre mas não deslumbra. Samuel L. Jackson deve ter pregado gargalhadas sem fim a todos durante a rodagem… Pelo meio aparecem os já esquecidos Don Johnson (irreconhecível), Robert Carradine e Bruce Dern e, claro, Franco Nero, o “verdadeiro” Django.
quinta-feira, janeiro 24, 2013
Ontem, por causa de Tarantino
E do seu fabuloso «Django Unchained», vi-me de volta ao Odéon, ao Roma, ao Eden, ao Politeama e a todos os outros a que fui e não fui, revendo Nero, Eastwood, Gemma (Montgomery Wood para os americanos), Van Cleef, Hilton, Terence Hill (Mario Girotti para os italianos...) e tutti quanti, em outras tantas patuscadas denominadas western spaghetti, não poucas vezes rodadas em Espanha (já a globalização, portanto) e de que Leone foi mestre e senhor, e a que Peckinpah foi beber para apimentar, e de que maneira o seu cinema. Antes tinha havido westerns, que não se confundam! Que mais tarde, muito mais tarde, haveriam de voltar ainda que a espaços e por força de «Silverado» e «Pale Rider». Nunca mais foram os mesmos mas vão-se fazendo, alguns muito bons.
quarta-feira, janeiro 23, 2013
Filmes em revista sumária #383
Já se tinha percebido que Bigelow era a rainha (rei) actual do cinema de acção, mais ou menos ficcionado e que era perita na gestão de frissons, mais ou menos inventados, mas com «Zero Dark Thirty» consegue uma proeza digna de nota: cola o espectador ao écran do primeiro ao último momento, mesmo último; apesar de toda a gente saber de antemão do imenso spoiler que é saber-se como acabou a caça a Bin Laden. Convenhamos que isso só estaria ao alcance de muito poucos… Contudo, a sucessão algo trapalhona de acontecimentos na parte inicial do filme, tal como a duração deste quiçá excessiva, poderiam ter deitado tudo a perder, mas não deitaram. O filme passa, literalmente, a correr e na memória colectiva ficará para todo o sempre a sequência da operação militar noctívaga, do desfilar dos helicópteros pelo desfiladeiro a pedirem por «Valquíria», ao fabuloso e exterminador assalto ao bunker de Osama. Uma referência cinematográfica. E assim se fez História e se fez uma personagem (já nome de código?): Maya.
terça-feira, janeiro 22, 2013
Obituário: Michael Winner (1935-2013)
Realizador inglês de policiais à americana, o realizador de «Death Wish» (em português conhecidérrimo por «O Justiceiro da Noite») era realmente um homem dos mil ofícios, muito mais do que apenas um dos realizadores "ao serviço" de Bronson - com quem aliás fez o seu, de Winner, melhor filme: «The Mechanic». Ficou refém dos anos 70 e de um tipo de filmes que talvez nunca tenha gostado de rodar. Nunca foi muito bem aceite pela crítica. Era um bon vivant. Pena.
segunda-feira, janeiro 21, 2013
Filmes em revista sumária #382
Num tempo como o que atravessamos, nada melhor do que optarmos por seguir um «Guia para um Final Feliz», nem que seja por hora e meia, até que a chuva, o vento e o telejornal passem… O filme vale tanto pelo carga de optimismo que nos quer transmitir mesmo quando tudo parece perdido e a depressão inevitável, quanto pela obstinação de David O. Russell em nos fazer crer isso mesmo, com diálogos acutilantes, humor refinado e sem lirismos, aliás. O resto é num punhado de interpretações de encher o olho (ai, De Niro, De Niro qualquer dia fazes de avô…) em personagens de “carne e osso”, lideradas por um Bradley Cooper que, finalmente, mostra o que vale; e, acima de todos, pela prodigiosa Jennifer Lawrence, o rosto mais irresistivelmente provocador dos últimos tempos.