quarta-feira, outubro 28, 2009

Filmes em revista sumária # 176


Em «The Informant», último filme de Soderbergh, não se trata daquele Informador “clássico”, vendido, verme de tão fraco, que Ford rodou e a que um inesquecível McLaglen deu corpo. Não, aqui, do que se trata é de alguém que ora sabe muito em o que faz (que é como quem diz, é um descarado dos tempos modernos) ora não sabe rigorosamente o que faz (chega a ser deprimente a sua veia parola-ingénua), à custa de um diagnóstico bipolar. Talvez a verdade resida no meio-termo.

O que é certo é que a história é verídica (baseada em “queixinhas” verdadeiras) e como filme é uma daquelas pérolas cinematográficas em registo indie, em que Soderbergh é perito (quando quer), está rodada em ritmo telegénico mas picuinhas (talvez aqui resida parte do seu previsível insucesso de bilheteira) e conta com uma interpretação de Matt Damon assombrosa: o homem está perfeito.

terça-feira, outubro 27, 2009

Há muitas por aí



Mas não há nenhuma como Maleficent. Ponto.

Filmes em revista sumária # 175



Surpreendente filme de ficção científica, este «District 9», onde tudo é inesperado e bom, a começar pelo argumento, essa peça essencial para que um filme o seja de corpo inteiro. Nesse campo a coisa não poderia ser melhor: quem sofreu na pele o racismo terreno vira racista terráqueo, que é como quem diz, os “guetizados” viram “guetizadores”. A acção passa-se na África do Sul, e o que parece ser um “documentário” em reality show, paulatinamente se vai transformando num imenso e soberbo “soco no estômago”, violento e doloroso; num registo que começa por ser cómico, anedótico, mesmo, para ir progressivamente assumindo foros de verdadeiro drama psicológico.

Ainda por cima bem feito (o realizador Neill Blomkamp já deve ter futuro garantido), bem interpretado e com excelentes efeitos especiais. Só é pena algumas pontas soltas como, por exemplo, o porquê do não funcionamento da nave depender daquela “peça solta” e como é que se entendiam sem intérprete (nem sequer uma maquineta como em «Dune»?). Fica-se a aguardar uma sequela, mas teme-se pela “má” influência de qualquer major.

Apesar das diferenças evidentes





Há muitas semelhanças ainda mais evidentes entre o soberbo filme de Lumet e a americanice sentimental com Redford em sfumato.

And the Oscar goes to:

Na prateleira daquela farmácia, alinhavam-se, sem qualquer ordem, Benylin, Bisolvon, Benetussim e Broncodiazina. A escolha, contudo recairia no Mucospas, com licença do mui amado Fluidin, retirado que foi do mercado por força de lóbi oponente.

sexta-feira, outubro 23, 2009

Poucas horas depois


Ladies and gentlemen, you are all aware that a repulsive murderer has himself been repulsively, and, perhaps deservedly, murdered.


Ou seja, Albert Finney provava que não só de Suchet e Ustinov viveu Poirot no grande écran:

Anteontem à noite, durante a borrasca


Vindo-nos livres de meses a fio de «Gaslight», ficámos a perceber a Bergman.

quinta-feira, outubro 22, 2009

For me is a full time job


De regresso!

segunda-feira, outubro 19, 2009

De repente, a constipação.

Constipal: não foi a tempo. Aspirina: não resolve. Jabasulide por 5 dias, mínimo. Clamoxyl: começou há pouco, para reforçar e combater o termómetro. «Andando»? Lá para o final da semana.

sexta-feira, outubro 16, 2009

Imperdíveis



Os primeiros já cantam e os segundos vão cantar em breve. Imperdíveis.

quarta-feira, outubro 14, 2009

Filmes em revista sumária # 174



Muito sinceramente, os anos 80 obsessivamente retratados (e filtrados) pelo ícone da escrita americana correspondente, de nome Brett Easton Ellis, já cheiram a mofo de tão filmados e escalpelizados. Por isso, esse mundo de jovens louros e ricos, "sem" pais e sem rumo e atascados em droga e em sexo é coisa que a ser filmada de novo tem que o ser por alguém do "patamar superior", sob pena de não interessar minimamente.

Confesso que no caso presente, «The Informadores» seduziu-me pela designação thriller que lhe deram (e que não se confirma, obviamente) e pelo naipe de bons actores em papéis secundários. Mas nem isso o isenta do que ele é: um filme sem ponta por onde se lhe pegue. Mau do primeiro ao último diálogo, ainda que com alguns fotogramas de encher o olho. Zero.

domingo, outubro 11, 2009

Enquanto Rossini viaja a Reims no Mezzo


Solidarizo-me com Nadezhda na sua cruzada contra Valentina, de permeio com invenções de máquinas com arados, geleias de maçã e um micro-ondas Toshiba (nem sabia que alguma vez os houvera).

Não resisti


Mesmo com Welles, estrangeiro, intimidando-me desde a prateleira de cima ...


Não resisti a trazer para casa esta pérola de Greenaway.

Gong Li

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sábado, outubro 10, 2009

«Milho Vermelho»:


No Farmville, do Facebook.

sexta-feira, outubro 09, 2009

«Visions» (Short Filme)



Recebi de Henrique Rocha, um pedido de visionamento da sua curta «Visons» e os meus comentários sobre a mesma. Aqui os deixo com muito prazer:

Acho o filme bastante engraçado. Gostei especialmente de duas coisas: a montagem (sobretudo os cortes entre planos e a divisão do écran - influência de Norman Jewison?) e a sequência no barbeiro. Também gostei da cena algo "nosferatu" do acordar...

Uma coisa: a personagem central ficou encandeada pela mini-saia e misógino por causa disso, entrando num circuito labiríntico; ou já acordou assim?

Outra: a acção passa-se em Alfama, right?

Onde estão os portuenses?



O belíssimo Águia d’ Ouro (1839) está em processo de transformação em hotel. O mesmo destino parece ter o Sá da Bandeira (1855). Chama-se a isto crime. E a quem o permite e/ou promove, chama-se o quê?




Foto1 e Foto2

terça-feira, outubro 06, 2009

E Sharapova voltou

segunda-feira, outubro 05, 2009

Enquanto isso, o Mezzo explica as origens do ...


Tutu:

[Né à l'Opéra de Paris, le tutu, costume de scène le plus célèbre, est apparu en 1832, lorsque la grande ballerine Marie Taglioni le porta pour incarner la Sylphide. Depuis, il n'a cessé d'être revisité par les plus grands chorégraphes de la danse. Chaque étape de son évolution est liée à la création d'un ballet du répertoire...]




Foto

Filmes em revista sumária # 173


Aparentemente, este «Millenium 1 - Os Homens que Odeiam as Mulheres» tinha tudo para dar certo enquanto adaptação para a tela do homónimo de escaparate, a modos que a versão sueca da saga de Hannibal Lecter: facilidade da produção ser também sueca, os ambientes e no limite, a própria essência da alma nórdica. Nada disso. O filme começa logo a patinar onde menos se esperaria, ou seja, no desenrolar da história. Até mesmo o belo idioma sueco parece soar a falso. Resumindo e concluindo: policiais é com os americanos, ponto... e que me perdoe Melville.

Filmes em revista sumária # 172


Colette havia de gostar de «Chéri». E está quase tudo dito. O filme corresponde inteiramente ao legado da autora d’ A Gata. A sua Neuilly lá está, bem como a Normandia (mesmo que não Yport…), mais a sua Belle Époque e as suas personagens fúteis, perdidas nos meandros da sedução e nos magníficos e insinuantes diálogos, sempre com o seu quê de moral da história.

Stephen Frears não é nenhum Ophuls mas tem bom gosto (veja-se os décors e o guarda-roupa, por ex.) e competência q.b. para transpor tudo isso para a tela sem macular a fonte, ainda por cima contando com a sua reconhecida arte para dirigir actores, e com um sempre inspiradíssimo Christopher Hampton como argumentista. Um filme belo, com uma Pfeiffer também ela imaculada, com véu ou sem ele.

sábado, outubro 03, 2009

Há já 10 anos, que saudades tuas, Avó!


sexta-feira, outubro 02, 2009

Grafonola ideal (47)


«Purple Rain» (1984)

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Grafonola ideal (46)

quinta-feira, outubro 01, 2009

E não é que agora vou ter que puxar pelo asturiano!

UNESCO classifica o tango como património cultural imaterial


Y que viva el tango argentino!




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