sexta-feira, setembro 30, 2011

Filmes em revista sumária # 293


Desde há tempos explorando o filão dos filmes de terror (a modos que replicando o que os franceses fizeram há mais de meio século em relação aos policiais americanos), o cinema espanhol é capaz do melhor e do pior. Desta feita, e embora claramente descompensado, fruto de uma saturação natural provocada por demasiados clichés e déjà vu (sobretudo a partir do meio do filme), «Os Olhos de Júlia» são do melhorzinho que o cinema de terror nos tem dado ultimamente, graças a uns pozinhos do que de bom Guillermo del Toro tem feito/produzido e à actriz que é Belén Rueda.

Pelo meio há caves escuras, corredores de hospitais abandonados, personagens que insistem em ficar isoladas contra todas as indicações, arcas frigoríficas com cadáveres, facas que saltam das gavetas da cozinha, filhos assassinos por causa das mamãs, fios de telefone cortados, etc., etc. Ouvir um filme em castelhano sabe sempre bem, este ainda por cima dá para entreter, e uma boa surpresa aqui ou ali (a ideia de um homem ser invisível por tão insignificante ser…), e a mais Morales, o realizador, não é obrigado.

quinta-feira, setembro 29, 2011

Também tu, Vera?

Filmes em revista sumária # 292


«Meia-Noite em Paris» é o regresso de Woody Allen ao outro lado do espelho, de que «A Rosa Púrpura do Cairo» será o melhor exemplo do que já fez. O argumento é brilhante, especialmente a analogia da meia-noite que dá título ao filme e propicia à personagem do insípido Owen Wilson uma viagem à Paris dos anos loucos e de Josephine Baker & Cia., com a abóbora que vira carruagem na Gata Borralheira, só que aqui os ponteiros do relógio rodam ao contrário...

Woody Allen mantém a sua juventude, o seu inesgotável talento para diálogos de truz e aquela veia romântica e aquele bom gosto, sempre de se lhe tirar o chapéu. A direcção de actores peca por alguma displicência, talvez porque as personagens, referência das artes e daquela época, fossem bigger than life, e portanto quase impossíveis de serem “representadas”.

Ficam ainda o ritmo, a paródia, os discos dos gramofones (ah, que maravilha de banda sonora!, mais uma…) e Paris, claro. Mas não tenhamos ilusões: «Match Point» continua a ser o seu melhor filme das últimas décadas. Contudo, e se este ritmo frenético de produção se mantiver, talvez que o próximo de Allen passe a sê-lo sem que tenhamos sequer metade da publicidade que esta “meia-noite” tem tido, indiscutivelmente hiper-valorizada. Ah, já me esquecia: aqueles anos são de facto irrepetíveis…

terça-feira, setembro 27, 2011

He seems fit enough. Have him report to me in Istanbul in 24 hours.


Sofia. Pera. Topkapi. Bazar. Cisterna. De regresso às lides.

sexta-feira, setembro 16, 2011

Ladies and gentlemen, you are all aware that a repulsive murderer has himself been repulsively, and, perhaps deservedly, murdered.


Até dia 25, entre montes e vales, em frenesi fotográfico.
Tentarei desvendar tudo aqui, prometo.

The best thing to do is to get your ass out of here. Best way that you can.


Em exibição há já alguns meses, de forma intermitente, mas subitamente em sessões contínuas desde ontem. A sair de cartaz asap, sob pena de queimadura do 3º grau à custa da celulóide em avançado processo de auto-destruição.

quarta-feira, setembro 14, 2011

Fazem 35 anos!


Aqui fica o genérico, com a devida vénia ao alerta de Eurico de Barros no Face.

terça-feira, setembro 13, 2011

Filmes em revista sumária # 291


Como já se disse, há qualquer coisa do labiríntico e scorsesiano «Shutter Island», e também da estética Hotel Overlook de «Shining», em «The Ward». E haverá muito mais coisas de muitos filmes passados em hospícios, de Fuller a Trier, por exemplo. Contudo, há poucas coisas do gigante Carpenter dos anos 70-80, neste seu regresso desde as terras de oblivion (veja-se a pobreza da banda sonora deste filme comparada com as de outrora, ou dos raros sustos que nos fazem saltar da cadeira…).

Mesmo assim, e como é impossível haver maus filmes «John Carpenter’s», fica o regresso do mestre aos labirintos físicos e mentais, à arte de filmar grandes planos, ao bom gosto do plano certo, à excelência de nunca deixar pontas soltas nos argumentos e a algumas sequências dignas de ir direitinhas para o arquivo central das grandes sequências do autor de «Halloween»: as raparigas no chuveiro, as mortes sádicas dos vários “eus” da personagem central (saída direitinha do surpreendente «All The Boys Love Mandy Lane”»). Mais Carpenter, é preciso, e nada de nos fazer esperar mais 10 anos…

segunda-feira, setembro 12, 2011

Filmes em revista sumária # 290


«Fright Night», enquanto filme a 3-D é um zero desesperado, e enquanto filme de terror para lá caminha, mesmo que aceitemos que Colin Farrel (se bem que Farrel parece fazer de propósito nos filmes que escolhe, cada um pior do que o outro…) faça pender para esta remake, sanguinolenta e do séc. XXI, a comparação com o original patusco e bem humorado com Roddy McDowall (a modos que uma remake ele próprio de «Old Dark House»…). As cenas em que entra o caça-vampiros Peter Vincent (David Tennant) são do melhorzinho que a casa gasta. Pergunta: que faz ali a Colette?

domingo, setembro 11, 2011

E foi mesmo!

sexta-feira, setembro 09, 2011

Viva Sokurov!


Alexander Sokurov's Faust

E que amanhã vença o Leão de Ouro!

That's a piecrust promise. Easily made, easily broken.


Dirá amanhã Julie Andrews, na Cinemateca Júnior, pelas 15h. Na sénior, mais filmes memoráveis passarão, mas aposto que não com uma frase tão bem adequada quanto esta aos tempos que correm...

«Jóias de Elizabeth Taylor em leilão»


Diz o Expresso.

Batalha épica


Ou o começo do fim do Império Romano.

sexta-feira, setembro 02, 2011

Frenesi Helm


Em «Metropolis».

quinta-feira, setembro 01, 2011

Filmes em revista sumária # 289


Bronson comia disto ao pequeno-almoço, e as sessões da meia-noite enchiam-se só por isso. Jason Statham para lá caminha, ainda que com menos de metade do estofo daquele. Ainda assim, «Blitz» vale o esforço, pelo ritmo, fotografia e pela excelente interpretação (mais uma) de Paddy Considine, enquanto detective gay em ruptura explosiva. O resto é zero, que é como quem diz, vilão de serviço e restantes personagens, e sobretudo o argumento.

Small is beautiful?


«Felix, Gladys and Rover» (1974), pelo grande fotógrafo Elliott Erwitt, respectivamente um Grand Danois, Gladys e um Chihuahua.

«Morte ecológica. Máquina transforma cadáveres em líquido»


Qualquer dia comemos «Soylent Green»:

It's people. Soylent Green is made out of people. They're making our food out of people. Next thing they'll be breeding us like cattle for food. You've gotta tell them. You've gotta tell them!

«Cinema aos Copos»



Um grandíssimo blogue, que merece visita atenta e periódica, aqui. Desconhecia, passei a conhecê-lo, via Lisboa S.O.S., a quem agradeço a dica.


Fotos: Cinema Eden, hoje uma infecta loja do cidadão e um aparthotel sem lustro. Viva o progresso!

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