terça-feira, janeiro 31, 2012

Chagall

segunda-feira, janeiro 30, 2012

Dá azar ser supersticioso


E, como tal, não lhe desejei boa sorte de véspera. Deu nisto: Sharapova gracious in defeat.

Filmes em revista sumária #321


Que não haja dúvidas: «Millennium 1: Os Homens Que Odeiam as Mulheres» é um argumento de pêso contra a teoria de remake, não, obrigado. O filme não só pulveriza a versão originalmente filmada em sueco do livro homónimo, como será talvez o melhor filme de Fincher desde «Seven», onde aliás parece ter ido “beber” muita inspiração. Se fosse um elemento químico, dir-se-ia que se trata de um filme sob o signo do titânio: do fabulosamente prateado e insinuante genérico inicial, à fotografia gélida e monocromática dos cenários naturais (e os outros também), aos diálogos que encaixam mecanicamente.

A história pode já ser vista, e é, mas nem por isso deixa de agarrar o espectador, graças àquele ambiente que só um excelente policial é capaz (e como é importante a banda sonora!) e … aos actores, claro está (Rooney Mara, onde estavas tu?). A sequência da perseguição de Lisbeth a Martin é notável. Ou como o policial norte-americano vence por K.O. o seu congénere sueco.

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Millais

70 anos



Parabéns atrasados ao meu "Eusabo", mesmo sendo eu do SCP.

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Filmes em revista sumária #320


Emocional. Cómico. Trágico. Contemporâneo. Intemporal. Humano. Filhos, cadilhos. Um dia a “casa” vem abaixo. Herança, a quanto obrigas. “Parece verdade”. Clooney tem talvez a melhor interpretação da sua vida. Payne, mantém em «Os Descendentes» aquela sua filigrana narrativa e fotográfica feita de simplicidade e suavidade; compondo assim mais um filme em bouquet. Melhor sequência? A do sprint de Clooney estrada fora… Não será um filme excepcional mas é muito bom.

quarta-feira, janeiro 25, 2012

O'Keeffe

Filmes em revista sumária #319


Faço desta revista a «Sherlock Holmes: A Game of Shawods» a minha precedente, que é como quem diz a que escrevi em 28 Dez.09. Ipsis verbis, acrescentando apenas que todos se mantêm numa forma física invejável ...

domingo, janeiro 22, 2012

Della Francesca

quinta-feira, janeiro 19, 2012

«Escape from Alcatraz»


There's always the possibility that some asshole will be offended. Isn't there?

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Filmes em revista sumária #318


A grande virtude de «Moneyball» reside, indubitavelmente, no facto de superar as expectativas, mesmo as do(a) fã incondicional do desporto rei dos norte-americanos e/ou de Brad Pitt, isto é: os “cromos” repetidos dos filmes chatérrimos sobre baseball, que Hollywood insiste em rodar, ano sim ano não; e a incapacidade, conhecida e crónica, de Pitt em surpreender. A realização de Bennett Miller, autor do mediano «Capote», também é uma agradável surpresa, designadamente unindo bem a realidade com a ficção, na direcção de actores (mesmo que deixando Philip Seymour Hoffman sem eira nem beira), e na capacidade de agarrar o espectador não adepto de baseball. O argumento é sólido e é meio filme, mas o bom era que também o futebol cá do burgo usasse das recomendações econométricas do guru saído de Yale. Jonah Hill é o homem do jogo e faz home run.

terça-feira, janeiro 17, 2012

Ali, 70 anos.

Arcimboldo


«Vegetais», dedicado à fã número 1 dos ditos cujos.

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Filmes em revista sumária #317


A América profunda e o fenómeno das seitas mais ou menos promíscuo-naturalistas, no caso alimentada pelo municiamento de raparigas imberbes, umas, perdidas entre a intolerância parental e as agruras da vida, outras; e liderada por um sado-masoquista de truz, portentosamente interpretado, diga-se, por um cada vez mais esquálido John Hawkes; é disto que trata
«Martha Marcy May Marlene», saído de Sundance, claro, e tremendamente actual … veja-se a história do tuga “Rei Ghob”.

O filme é violento q.b., não tanto pelo que mostra ou deixa ver, mas mais pelo que a personagem que dá nome ao filme nos consegue transmitir: a quase estreante Elizabeth Olsen é um palete de emoções, e é meio filme. O final só podia ser o que é: Martha tão cedo virá a saber se é Marcy ou Marlene, tampouco saberá distinguir o sonho da realidade, isto é, será atormentada para toda a vida por aquela assombração de Thoreau de pacotilha…

El Greco


«O Enterro do Conde de Orgaz»,

com os respectivos saludos ao amigalhaço ABA.

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Filmes em revista sumária #316


«L’Arnacoeur» tem todos os ingredientes das comédias românticas dos anos dourados de Hollywood, de ritmo frenético, belos locais e diálogos trapalhões mas subtis; e seria fácil vermos Cary Grant ou Melvyn Douglas, por exemplo, a fazerem o papel que Romain Duris interpreta de maneira tão voluntarista quanto eficaz, brincando com o fogo, que é como quem diz, com as mulheres, até que se vê prestes a queimar-se, por culpa de Vanessa Paradis, tão frágil quanto desconcertante (à la Hepburn(s)? Myrna Loy?). O filme vê-se com agrado e será sempre uma tarde bem passada, essa é que é essa.

Mantegna


«Camera degli sposi» (1465 a 1474)

quarta-feira, janeiro 11, 2012

You ever wondered what our lives down here must look like to a bird?

Filmes em revista sumária #315


«Le Gamin au Vélo» é um filme comovente e escorreito, na linha do que os irmãos Dardenne nos habituaram, ou seja, à contemporaneidade e ao assistencialismo social por terras da Bélgica, desta vez cruzando acidentalmente, por culpa de uma bicicleta, um rapazinho ostracizado pelo pai com uma mulher à procura de algo, ambos salvos do abismo por força da dita bicicleta. Face às inconsistências óbvias que este filme tem com o mundo real que pretende retractar, é bom ter-se a esperança de que nele poderá haver alguém que faça deste filme uma realidade de facto. Cécile de France e o pequeno Thomas Doret estão fantásticos. Ah, é verdade, falando de bicas, só para dizer que «Ladri di Biciclette» continua imbatível.

terça-feira, janeiro 10, 2012

Who, me?

Hockney

segunda-feira, janeiro 09, 2012

Filmes em revista sumária #314


Se fosse música, «O Deus da Carnificina» seria música de câmara, interpretada por um quarteto de virtuosos, tão capazes e afinados em sintonia como enquanto solistas (cada qual tem o seu momento magnífico a solo), e regida por um também virtuoso realizador que marca o ritmo, sabe o que conduz e quem conduz, desde logo psicologicamente, mais a mais num campo, o combate mano-a-mano intramuros , em que sempre soube reger, veja-se, por exemplo, «Death and the Maiden», de 1994 – por acaso coincidente com a celebérrima peça teatral também de Yasmina Reza, «Arte». O tempo passa a correr e no fim sabe a pouco, e isso só está ao alcance de poucos.

Claro que Reza podia ser menos papista que o Papa, na crítica corrosiva óbvia que faz à sociedade que persistimos em construir e ser, mas gosta quem quer, e a mais não se é obrigado. E claro que o filme lembra «Quem Tem Medo de Virginia Wolf». E depois? Fica “apenas” a certeza de estarmos perante uma pequena e sublime pérola cinematográfica, cujos momentos talvez mais bem conseguidos sejam o clímax da embriaguez de Winslett e a evolução das expressões de Christopher Waltz.

«Birdman from Alcatraz»

sábado, janeiro 07, 2012

Filmes em revista sumária #313


Com «A Toupeira», regressamos aos idos de 70, à excelência da espionagem da Guerra Fria, tantas vezes transposta para o cinema e para a tv, e parece que nos cruzamos com Guiness, Michael Caine e tantos outros que nos encheram as medidas em tantos outros filmes acerca de um sem número de histórias, verdadeiras e ficcionadas, em volta de espiões e espias. Desta vez é o regresso em força ao universo de Le Carré, naquela que é a prova provada de que com qualidade se pode fazer mais do mesmo: intriga labiríntica, silêncios ensurdecedores, rostos e olhares, teias de traições e faz-de-conta, xadrez de contenções, etc.

Gary Oldman está perfeito, como Smiley (candidatura ao Oscar, obrigatória, s.f.f.), e quem o acompanha (com John Hurt à cabeça, claro) para lá caminha. O resto é puro ambiente dos anos 70, e uma banda sonora de Alberto Iglesias daquelas a que nos tem habituado. Quanto a Tomas Alfredson, o realizador, já se sabia que seria um nome a seguir quando estreou o seu fabuloso «Deixa-me Entrar», pelo que se confirmou.

sexta-feira, janeiro 06, 2012

You know why so many people came to my funeral? They wanted to make sure I was dead.


«Shock Corridor», passa hoje às 19h na Cinemateca.




Foto retirada do amigo CINEdrio

quinta-feira, janeiro 05, 2012

A beleza de Drácula está no sair da tumba



I am Dracula and I welcome you to my house. I must apologize for not being here to greet you personally, but I trust you've found everything you needed.

Filmes em revista sumária #312


Semi-decepção, este thriller claustrofóbico, literalmente sufocante, e chamado «Enterrado», do espanhol Rodrigo Cortés (e já quase não há género cinematográfico onde os espanhóis não estejam, dando cartas...) e com Ryan Reynolds como único protagonista, visualmente falando, se descontarmos uma pequena serpente que entra e sai com demasiada facilidade, para quem era suposto estar a alguma profundidade. Mesmo sabendo que a ideia não é original, talvez que essa decepção se deva à originalidade de a ter posto em prática no Iraque do pós-guerra. Se o tivesse sido num qualquer deserto dos States talvez a coisa saísse melhor. Já chega de Iraque. De qualquer modo, o final amargo, sob a forma de twist, ainda salva o filme da mediocridade da quase totalidade dos seus 90'. NR: Por milésimos de segundo há uma cena em que se avista luz pelas frinchas da madeira, pelo que...

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Quem lhe valeu foi o Abade Faria

terça-feira, janeiro 03, 2012

Desterrado por culpa de Bresson


Un condamné à mort s'est échappé ou Le vent souffle où il veut.